EFSA afirma que acrilamida pode contaminar as refeições 2062

Segundo peritos da EFSA (European Food Safety Authority), a exposição à acrilamida oferece possíveis efeitos nocivos no sistema nervoso, no desenvolvimento pré e pós-natal e na reprodução masculina. Contudo, estes efeitos não são considerados preocupantes, com base nos atuais níveis de exposição alimentar.

A acrilamida é uma substância química que se forma naturalmente em produtos alimentares amiláceos quando são cozinhados a altas temperaturas (acima de 120°C) e em condições de baixa humidade, nomeadamente, alimentos feitos de cereais, tais como cereais de pequeno-almoço, bolachas, torradas e café. Também produtos de batata e batata-doce como batatas fritas, são exemplos de alimentos com níveis mais elevados de acrilamida.

Para evitar os seus efeitos nefastos, é importante reduzir a sua quantidade nos alimentos através de uma confeção mais cuidadosa, e é por isso que a campanha #EUChooseSafeFood, realizada pela EFSA em parceria com a ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica), traz as ações a ter para evitar esta substância:

  1. Cozinhe os alimentos a temperaturas mais baixas. Evite fritar, grelhar ou assar alimentos a altas temperaturas e evite deixar a superfície dos alimentos demasiado tostada ou queimada. Se o alimento que está a cozinhar é rico em amido tenha especial atenção e cozinhe-o por um período mais longo com uma temperatura reduzida.
  2. Opte por métodos de cozedura mais saudáveis. Ao preparar alimentos dê preferência a métodos de cozedura mais saudáveis, como cozinhar a vapor, ferver, cozinhar no forno ou grelhar em vez de fritar. Estes métodos reduzem a formação de acrilamida.
  3. Varie a sua dieta. Ter uma dieta variada e equilibrada é sempre recomendado. Além de ajudar a reduzir a exposição à acrilamida, garante uma ingestão variada de nutrientes essenciais.

Filipa Melo de Vasconcelos, subinspetora-geral da ASAE, reforça que “a acrilamida é formada a partir de açúcares e aminoácidos, principalmente um chamado asparagina, que estão naturalmente presentes em muitos alimentos. E, embora seja praticamente impossível eliminar a acrilamida dos alimentos amiláceos cozinhados, é possível reduzir a sua quantidade seguindo os conselhos que a campanha transmite”, explica ainda.

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