Crescimento da população prevê o consumo do dobro dos alimentos até 2100 651

Um estudo, publicado na revista científica PLOS One, de investigadores alemães, estima que no final deste século haverá quase 11 mil milhões de pessoas no planeta, o que implica que vamos precisar de produzir mais, pois até 2100, o mundo vai precisar de quase duas vezes mais alimentos.

Segundo estimativas destes cientistas o crescimento da população obrigará a uma subida na produção de alimentos. Juntando aos cálculos a evolução do Índice de Massa Corporal (IMC), o resultado é que vamos precisar de produzir mais 80% de calorias.

O crescimento, tanto em altura como em peso, levará a que cada pessoa tenha de consumir, em média, mais 253 kcal por dia do que actualmente.

“Numa escala global, calculamos que o efeito do IMC e o aumento da altura média, no nosso modelo, conduzirá a necessidades calóricas equivalentes às populações em 2010 da Índia e da Nigéria”, disse Lutz Depenbusch, autor do estudo, à BBC.

Além de ter de se somar o aumento da população, as regiões que mais sentirão carências são aquelas que hoje já passam por maiores dificuldades de alimentação.

Se já é tão difícil suprir a escassez, no final do século será bem pior. E ainda teremos de ter em conta as alterações climáticas, com secas e cheias mais frequentes, a prejudicar a produção agrícola.

Os investigadores alertaram que a ausência de políticas para garantir o acesso de todos à alimentação levará a maior desigualdade económica e social.

Os preços dos alimentos irão subir, pelo que apenas os países mais ricos terão capacidade para satisfazer as necessidades calóricas das suas populações, ao passo que os mais pobres terão ainda mais problemas de subnutrição.

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