Cabaz alimentar com preço mais alto em três anos 965

Na última semana, o preço do cabaz alimentar monitorizado pela Deco Proteste alcançou os 245,79 euros, o que se traduz no preço mais elevado desde janeiro de 2022, quando este estudo começou a ser realizado.

De acordo com o estudo, o cabaz de 63 produtos essenciais é hoje 17,73 euros (7,77%) mais caro do que há um ano e 58,09 euros (30,95%) mais caro do que em janeiro de 2022.

Só na última semana, o aumento foi de 5,67 euros, muito por força das variações de preço dos cereais integrais (mais 26%), das salsichas (mais 18%) e do azeite virgem extra (mais 16%). Registaram-se ainda aumentos entre os 8% e os 13% na curgete, cebola, medalhões de pescada, cereais de fibra, robalo, esparguete e perca-do-nilo.

Analisando a variação anual, o maior aumento aconteceu no café torrado moído (mais 34%), na maçã galã (mais 25%) e nos ovos (mais mais 24%). Nos últimos três anos, destaca-se para o impressionante aumento de 97% na carne de novilho para cozer – são mais 5,67 euros por quilo.

IVA 0 deve ser continuar a ser equacionado na alimentação, defende Alexandra Bento

Recorde-se que, para fazer face à subida de preços na alimentação, o Governo de António Costa assinou um acordo com o retalho alimentar e o setor da produção agroalimentar com vista à isenção do IVA num cabaz com mais de 40 alimentos e que se estendeu de abril de 2023 a janeiro de 2024.

“A invasão da Rússia à Ucrânia, de onde eram provenientes grande parte dos cereais consumidos na União Europeia (e em Portugal) veio pressionar o setor agroalimentar, que estava há já vários meses a braços com as consequências da pandemia de covid-19 e da seca”, explica Deco.