Numa altura em que os consumidores exigem mais rigor e transparência e as cadeias de abastecimento são cada vez mais complexas, a fraude alimentar é um tema incontornável e um dos maiores desafios da confiança no setor agroalimentar. Quem garante que a origem indicada no rótulo de um alimento é verdadeira ou que que um produto “biológico” é na verdade biológico? E como podem os consumidores confiar num mercado onde a fraude alimentar se torna cada vez mais sofisticada, silenciosa e difícil de detetar? E de que forma as autoridades e a própria indústria estão a responder a um problema que afeta a confiança, a saúde pública e o orçamento das famílias?
Estas são apenas algumas das questões em análise na conferência “Fraude e Autenticidade Alimentar: Integridade, confiança e competitividade na cadeia agroalimentar”, que terá lugar já esta sexta-feira, dia 28 de novembro, no Centro Universitário de Lisboa.
Promovido pela Universidade Lusófona, este evento pretende ser um contributo para a prevenção e deteção da fraude alimentar, com vista à construção de sistemas alimentares mais transparentes, seguros e sustentáveis, reunindo, para isso, especialistas, reguladores, laboratórios de referência, investigadores e empresas da indústria e distribuição, para debater os riscos, as soluções e as tecnologias que permitem garantir alimentos mais seguros e autênticos.
A sessão de abertura será conduzida por Laurentina Pedroso, Presidente da Portuguese Association for Food Protection – International Association for Food Protection (PAFP-IAFP) e Diretora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Lusófona.
No primeiro painel será abordada a segurança da cadeia agroalimentar, a conformidade legal e os tipos de fraude que mais afetam os consumidores. Contará com a intervenção da SGS Portugal, que explicará o enquadramento técnico-legal e os esquemas fraudulentos mais frequentes, seguindo-se representantes da ASAE, sobre fiscalização, e um representante de Portugal junto da FAO, que apresentará as orientações internacionais para prevenir e mitigar a fraude alimentar.
O segundo painel foca-se na inovação científica e tecnológica, mostrando como hoje é possível detetar adulterações através de ADN, análise isotópica, inteligência artificial, blockchain e métodos analíticos rápidos. A intervenção central ficará a cargo de Fábio Santos, da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Lusófona, seguindo-se um representante do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, que trará o ponto de situação sobre avanços científicos e resposta a incidentes.
O terceiro painel será sobre o impacto económico da fraude e a importância da confiança nas marcas. A Monte D’Alva, explicará como as certificações internacionais e os planos de mitigação ajudam a proteger o consumidor e a reputação das empresas. Representantes do grupo Jerónimo Martins, apresentarão a visão da grande distribuição sobre cadeias de abastecimento seguras, fornecedores fiáveis e estratégias de inovação para garantir autenticidade num mercado global competitivo.
A tarde termina com uma mesa-redonda que reúne DGAV, ASAE, SGS, PAFP-IAFP, Colab4Food, empresas do setor agroalimentar e academia, num debate centrado na proteção do consumidor, na transparência das marcas e nas responsabilidades que garantem a estabilidade da cadeia alimentar.
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