A Ordem dos Enfermeiros (OF) saudou a recondução de Ana Paula Martins como ministra da Saúde, considerando que “esta decisão representa uma oportunidade de estabilidade e continuidade”.
Num nota ontem (05) divulgada, o bastonário da OE, Luís Filipe Barreira, adianta que, num setor marcado por grande rotatividade e promessas sucessivamente adiadas, “esta recondução é uma oportunidade para consolidar o trabalho iniciado”.
“Esperamos que o Governo cumpra os compromissos assumidos com os enfermeiros e avance com coragem nas reformas de que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) precisa”, afirma, sublinhando que “a ordem manterá uma postura construtiva, mas exigente”, cita a Lusa.
Luis Filipe Barreira lembra que em apenas dez anos, o país conheceu cinco ministros da Saúde e que esta constante mudança tem dificultado reformas estruturais que exigem tempo, salientando que a atual ministra, ontem reconduzida no cargo, “herdou uma realidade difícil, num SNS degradado por anos de desinvestimento” e que “demonstrou, desde o início, proximidade com os profissionais, conhecimento técnico e vontade de construir soluções em diálogo”.
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“Com a sua recondução, o Governo tem agora condições para avançar de forma determinada. A reforma dos cuidados de saúde primários, o reforço dos cuidados continuados, a modernização das carreiras e a valorização real dos profissionais não podem continuar a ser adiadas”, considera.
O bastonário destaca que entre as medidas por concretizar, destacam-se dois compromissos eleitorais assumidos pelo Governo e que a Ordem acompanhará com especial atenção: a criação do internato em enfermagem e a atribuição da competência da prescrição aos enfermeiros no âmbito do desenvolvimento da prática avançada.
O primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, apresentou ontem o seu segundo Governo, que terá 16 ministérios, menos um do que o anterior, e vai manter treze dos 17 ministros do executivo cessante.
A posse do XXV Governo Constitucional será esta quinta-feira às 18:00, 18 dias depois das eleições, o que constitui o processo mais rápido de formação de Governo nos mandatos presidenciais de Marcelo Rebelo de Sousa.




