Estudo: Dieta à base de batidos e barras nutritivas para combater obesidade 828

 

 

28 de setembro de 2018

As pessoas que fizeram uma dieta à base de batidos, sopas e barras nutritivas conseguiram perder quase quatro vezes mais peso do que as que praticaram uma dieta à base de alimentos saudáveis e com corte nas calorias, avança um estudo da Universidade de Oxford.
 
Os investigadores observaram que estas dietas de substituição de refeições, que se baseia na ingestão de apenas 810 calorias por dia durante oito semanas, permitiram que mais pessoas com problemas de obesidade perdessem mais peso e o mantivessem durante um ano.

Para a realização do estudo, foram analisados 278 pacientes de várias clínicas em Oxfordshiere que tinham um índice de massa corporal superior a 30 Kg/m2.

Nos primeiros dois meses do programa, os participantes receberam vários substitutos de refeição com os nutrientes diários necessários, 750ml de leite desnatado, 2,25L de água e um suplemento rico em fibra.

Os alimentos que, normalmente, se utilizam em dietas de perda de peso foram gradualmente repostos na dieta ao longo do terceiro mês e, nos três meses seguintes, os pacientes substituíram uma refeição diária por batidos, sopas ou barras. Durante um ano, houve aconselhamento dietético de forma a ajudá-los a adotar uma dieta mais saudável.

Depois desse tempo, observou-se que os participantes perderam uma média de 10,7kg, relativamente aos 3,5 kg de perda de peso das pessoas que praticaram uma dieta mais convencional prescrita pelo seu médico.

Além disso, 45% dos pacientes viram o seu peso diminuir em pelo menos 10% ao realizarem o programa de substituição de refeições.
Este tipo de programas de substituição de refeições não são, normalmente, financiados pelo Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS), por haver grande controvérsia relativamente aos mesmos: há quem tema que esta dieta radical possa levar a um efeito “ioiô”, em que as pessoas perdem peso, mas facilmente o ganham de volta.

Apesar disso, os autores do estudo defendem que adotar este regime pode, efetivamente, ajudar a combater a obesidade e o consequente desenvolvimento de outras doenças, como a diabetes tipo 2.

No artigo, publicado recentemente na revista médica “British Medical Journal“, acedido pela revista “Visão”, os autores afirmam que 38% dos participantes continuaram a fazer parte do programa de substituição de refeições, pagando por produtos e a receber apoios, apesar de ter sido financiado apenas por seis meses. Em relação ao grupo que praticou uma dieta convencional, só 5% é que lhe deu continuidade.

De acordo com Paul Aveyard, autor do artigo, este estudo mostra que os médicos «podem recomendar este tipo de programa com confiança», já que se sabe agora que pode levar à perda de peso e ajudar na diminuição do risco de doenças cardiovasculares e diabetes.

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