Investigadores querem criar alimentos funcionais a partir de resíduos do vinho 850


07 de novembro de 2017

Um grupo de investigadores portugueses está a aproveitar os resíduos da vinha e do vinho, nomeadamente a lenha da poda, o engaço e o bagaço de uva, para criar novos alimentos funcionais benéficos para a saúde, como iogurtes e sumos.

Nas diferentes fases do projeto Vine&Wine Residues, que iniciou em junho de 2016, os investigadores já extraíram e caracterizaram os compostos fenólicos da lenha da poda, do engaço e do bagaço de uvas e já transforma quimicamente as antocianinas extraídas do bagaço de uva em pigmentos azuis (designados portisinas e dímeros de piranoantocianina), noticiou a “Lusa”.

«Neste momento estamos a estudar a interação entre os compostos obtidos com derivados de lenhina (outro composto fenólico), de modo a estabilizar a cor dos pigmentos ou aumentar a solubilidade em sistemas aquosos, para que a sua aplicação em matrizes alimentares seja possível», esclareceu a investigadora Joana Oliveira.

Para que estes compostos possam exercer uma função de acrescentado valor para a saúde, serão também realizados ensaios de biodisponibilidade e da sua estabilidade durante o processo digestivo, disse ainda.

Deste projeto fazem parte oito investigadores do REQUIMTE LAQV do DQB-FCUP, dois do REQUIMTE LAQV da Universidade Nova de Lisboa e um da Unidade de Investigação de Química Orgânica, Produtos Naturais e Agroalimentares (QOPNA) da Universidade de Aveiro.

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