Arsénio inorgânico nos alimentos: EFSA confirma preocupações para a saúde 1487

A Comissão Europeia questionou e a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) reconfirmou: a exposição dos consumidores ao arsénio inorgânico nos alimentos pode suscitar preocupações para a saúde.

Segundo a atualização da EFSA dos riscos associados à presença de arsénio inorgânico nos alimentos, pedida pela Comissão Europeia, as preocupações, associadas aos seus efeitos tóxicos, são uma realidade e encontram-se em linha com os resultados já conhecidos de uma avaliação semelhante datada de 2009.

No documento, publicado no jornal da instituição no dia 18 de janeiro, é explicado que este contaminante “está presente naturalmente e como resultado da atividade humana” e pode aparecer em variadas formas, tendo tem conta a sua estrutura química. O foco de estudo, presente no parecer da EFSA, é o arsénio inorgânico.

Em comunicado, a Autoridade refere que “os alimentos são a principal fonte de exposição ao arsénio inorgânico para a população em geral na Europa”. Neste sentido, são o arroz e os grãos, bem como os produtos que os contemplam na sua base, os alimentos expostos ao contaminante. O mesmo acontece com a água potável, é também referido, embora a EFSA assegure que os seus níveis são “geralmente baixos na Europa”.

Incidência de cancros da pele

Tendo por base a realidade que associa a ingestão a longo prazo de arsénio inorgânico a “uma série de efeitos adversos para a saúde humana, incluindo algumas formas de cancro”, a avaliação da EFSA considerou o “aumento da incidência de cancros da pele associados à exposição inorgânica ao arsénio como o efeito prejudicial mais relevante”.

Ao avaliar as substâncias genotóxicas e cancerígenas “involuntariamente presentes” na cadeira alimentar, foi calculada uma margem de exposição para os consumidores (margin of exposure – MOE) onde é observado um efeito adverso pequeno mas mensurável, bem como o nível de exposição a uma substância.

Para os especialistas, um MOE de 1 ou menos corresponderia a um nível de exposição associado a um risco aumentado de cancro de pele, e denotam que nos adultos os MOEs são baixos – variam entre 2 e 0,4 para os consumidores médios e entre 0,9 e 0,2 para os consumidores mais elevados – e por isso mais preocupantes.

A Autoridade concluiu que o garante e proteção contra o cancro da pele também será protetor contra outros efeitos potencialmente prejudiciais associados e informa que se encontra a avaliar os potenciais riscos associados à exposição ao arsénio orgânico nos alimentos, para assim poder analisar a exposição combinada com o arsénio inorgânico, já estudado.

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